Não quero dar uma de Wikipédia aqui, mas gostaria de relembrar brevemente a minha história. Todos sabem a cor do meu cavalo, mas a maioria nem se lembra dos fatos que me alçaram à galeria dos protagonistas da história do mundo. Serei breve, prometo.
Comecei a ser notado logo depois da Revolução Francesa – aquela que queria tirar a nobreza do poder. Ainda como um pequeno general, sufoquei 30 mil rebeldes com apenas 8 mil homens. Pouco depois, enfrentei e derrotei inimigos austríacos e piemonteses com um exército faminto, mal municiado, descalço e esfarrapado. Minha fama começou a crescer, e as vitórias se multiplicaram. Com tais triunfos, submeti-me a um plebiscito, do qual saí como imperador. Não contente com minhas conquistas, atravessei os Alpes, derrotei os austríacos em Marengo e aniquilei as tropas austro-russas na famosa batalha de Austerlitz. Com dezesseis estados alemães, constituí a Confederação do Reno e, com algumas províncias polacas,
criei o grão-ducado de Varsóvia, ambos dependentes da França.
Invadi a Espanha e expulsei a Corte de Portugal.
Essas vitórias e mais as “costuras” políticas me permitiram formar um vasto império. A Europa estava aos meus pés. E, como imperador, cedi a Holanda ao meu irmão Luís, Nápoles ao marechal Joaquim Murat, casado com minha irmã Elisa e a Vestfália ao meu outro irmão, Jerônimo. Sou superfamília.
Estou contando tudo isso sem nenhuma intenção de me enaltecer.
Ao contrário: Waterloo, que eu nem quero comentar, baixou a minha bola. Tudo o que relatei aqui são feitos pequenos comparados aos de José Sarney. Vejam: para distribuir cargos entre parentes, amigos e aliados, tive que enfrentar inúmeras batalhas sangrentas, sacrificar vidas, erguer um império e constituir uma monarquia pessoal. O Sarney, não. O homem não precisa de nada disso. Ele faz o que faz dentro de uma democracia, sem ocupar o posto mais alto da REpública, independentemente de quem esteja no poder. Esse é craque. Para ele, eu tiro a minha coroa.
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Do além nenhum coindicionamento moral sobrevive, portanto, acho que o Napoleão, poderia deixar de contar fatos históricos sabidos e falar sobre sua alma, quem o acompanha em seus céus(?), se Josefina lhe é fiel ou está desfilando ao lado de um soldado garboso, se ele era, efetivamente, gay, se a ilha de Elba o acompanha, como representação de sua culpa no mundo.
ResponderExcluirEnfim, o Napoleão tem que fornecer-nos pistas existenciais sobre a sua "Pasárgada"!...
Digamos que o senhor não sabe, talvez por já fazer muito tempo que saiu desse mundo, talvez por não conhecer o Brasil e o Maranhão. Sarney é sim um monarca mas te um tipo mais vil e despreocupado com seu povo que a rainha Antonieta...
ResponderExcluirAh, Grande Napô! Porque não ressurges para destronar essa corja maldita que tanto dilapida os cofres públicos do Brasil, causando a miséria e a dor de um povo miserável e faminto, acuado pelo poder de um bandido a quem o molusco exige respeito!
ResponderExcluirNão diga isso do Sarney...
ResponderExcluirafinal: estão movendo uma "campanha midiática contra ele!
Ele (com o "e" maiúsculo mesmo) não desiste!